sábado, 19 de dezembro de 2009

IV Domingo de Advento



Olhou para a humildade da sua serva (Lc 1, 48)
 
O Evangelho apresenta-nos a cena do encontro de Maria com Isabel. Maria, humilde e pequena "serva", torna-se modelo de fé e de amor para todos nós.
Maria, num intenso clima de amor, proclama um hino de louvor a Deus que fez grandes coisas, porque encontrou nela um coração disponível: "olhou para a humildade da sua serva".
À nossa volta vemos tanto sofrimento, indiferença e tristeza. Todos esperam o Natal, procuram preparar a festa, afadigam-se com tantas coisas. Mas por quê e por causa de quem?
Jesus vem para todos, a todos quer fazer sentir o seu amor.
Se o Natal não nos aproxima de Deus é uma festa que se torna vazia, e que não nos toca. É tão somente mais um dia do calendário.
No fundo, o Natal é Deus que ‘mantém a palavra’ e procura pessoas disponíveis, como Maria, que se deixam nutrir e guiar pela sua Palavra.
Deus diz: "Eis-me aqui". Seria paradoxal que não nos deixássemos encontrar, dizendo, com todo o nosso coração: "Vem, Senhor Jesus!".
Também nós, nestes dias, se formos dóceis à palavra de Deus, a exemplo de Maria, podemos – com a nossa fé e com o nosso amor – levar em nós Jesus e, com Jesus, a alegria e a serenidade a tantas pessoas.




III Semana de Advento


"Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha… Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio".


Reflicto – Na felicidade de Maria e Isabel. Também eu espero com alegria o Natal que se aproxima.
Compromisso: COMO MARIA, IR AO ENCONTRO DOS OUTROS.
Natal é receber e dar. Mas não podemos ficar pelas prendas. Que tenho eu para dar aos outros? Que vou dar? Como posso ir ao encontro das pessoas e dar algo de mim e que transmita felicidade?


Rezo
A minha alma espera pelo Senhor,
Ele é o meu auxílio e o meu escudo.
Desça sobre nós a vossa Graça,
porque em vós esperamos, Senhor
.

Mistério de Natal


Ó doce Menino de Belém,
concede-nos que comunguemos
com toda a nossa alma no profundo mistério do Natal.

Põe no coração dos homens
esta paz que, às vezes, eles procuram tão duramente
e que só Tu podes dar.

Ajuda-os a conhecer-se melhor
e a viver fraternalmente
como filhos do mesmo Pai.

Descobre-lhes também a Tua beleza,
a tua santidade e a tua pureza.
Desperta no seu coração o amor
e o reconhecimento por tua infinita bondade.

Une-nos a todos na tua caridade
e dá-nos a tua paz celeste.
Ámen.

(João XXIII)

DESTAQUES DA SEMANA

Novena de Natal – Todos os dias na igreja do Carmo, com exposição do Santíssimo, 45 minutos antes da Missa (de 2.ª até 5.ª feira, às 9h15)

Sexta, dia 25
Solenidade do Natal (Carmo Missa às 12h)

Domingo, dia 27
Festa da Sagrada Família – Os casais fazem a Renovação das Promessas Matrimoniais (Missa às 12h)

Novos diáconos
Na Sé, às 16h, serão ordenados quatro Diáconos: Carlos Monge, Jorge Gomes, Luís Carlos Almeida e Marco Cabral.



Confissões na semana do Natal

Segunda-feira – dia 21
15H00 – 17H00 (Pe Dinis)
Terça-feira – dia 22
14H30 – 16H30 (Pe Tavares)

Quarta-feira – dia 23
10H30 – 12H30 (Pe Tavares)
15h00 – 17h00 (Pe José Mota)

Quinta-feira – dia 24
10h30 - 12h00 (Pe José Mota)
15H00 – 17H00 (Pe Dinis)

sábado, 12 de dezembro de 2009

III Domingo de Advento



Alegrai-vos sempre no Senhor!
(Fil 4,49)


Todos sabemos que o cristão é "chamado" a viver na alegria. Haverá sempre alguém a exibir um sorriso de cepticismo ao ouvir falar de uma vocação à alegria.
Será, porém, desmentido, pela palavra de Deus: "Alegrai-vos sempre no Senhor, novamente vos digo: alegrai-vos", é a ordem de Paulo à comunidade de Filipos.
Hoje, o mundo tem necessidade de cristãos felizes, testemunhas da alegria. Assim todos poderão ver através da nossa afabilidade e serenidade que o Senhor já está em cada um de nós e connosco.
Dá que pensar o que um ateu dizia a um padre: "Eu tenho necessidade de vos ver sempre tristes. Então sinto-me tranquilo e convenço-me ainda mais de que Deus não existe. O único momento em que sinto dúvidas, em que começo a suspeitar que não são fábulas que contam na Igreja, e que Deus pode existir, é quando vos vejo felizes".
Estamos preparados para anunciar a "boa notícia" com a nossa vida?
A pregação de João Baptista é exigente. A sua palavra exige uma conversão interior, uma plena disponibilidade, e vale para todos.
A alegria do cristão não è uma alegria qualquer. Para experimentar a alegria, o crente sabe que tem de sair de si mesmo para abrir-se a Deus e aos irmãos. É-nos, portanto, proposto um estilo de vida mais sóbrio, a partilha dos nossos bens com os mais pobres e deserdados da terra.
Jesus sente grande alegria na expectativa de poder encontrar-se no Natal com cada um de nós.




III Semana de Advento
 
«Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma;
e quem tiver mantimentos faça o mesmo».


ReflictoO que devo fazer?
Partilhar
. Sinal : (dividir) - esta semana vou escolher algo de concreto na minha vida para partilhar com outros, seja a nível material, seja a nível espiritual, ou pessoal.


Rezo
Dá-me Jesus a capacidade de escutar o que Tu e João Baptista
têm para me dizer a respeito do que devo fazer.
E ajuda-me a meter os pés pelos caminhos,
mesmo se são estreitos e íngremes,
que me levam até à plenitude da vida

MENSAGEM DE NATAL



O Natal aproxima-se. É a Festa das Crianças, da Solidariedade, da Paz, da Justiça, da Verdade, da Vida, do Amor. Tudo quanto se precisa. Por tudo isto, o Natal é a Festa de todos. É a Festa da Esperança.
De facto, do que precisamos mais é de Crianças, de Solidariedade, de Paz, de Justiça, de Verdade, Vida, Amor. Com estes valores, a vida é mais feliz.
São estes, também, os valores do Reino de Deus, Festa que celebrámos no fim do Ano Litúrgico e antecedeu o Advento: o tempo que prepara o Natal.
Jesus vem anunciar todos estes valores com o Seu Natal – os valores necessários e indispensáveis à vida das pessoas. Mais: Jesus vive e testemunha estes valores durante a Sua vida na terra dos humanos, Seus irmãos; Jesus dá a Sua vida por estes valores, consagrando-os na Sua Páscoa; apresenta-se como o Defensor destes valores, enquanto Rei e Senhor de todos e enquanto Alguém que os conquista e os oferece a todos os que querem partilhar o Seu Reino.
Com o Natal, ficamos a saber duas coisas importantes:
1ª - estes valores são possíveis. Jesus anunciou-os, viveu-os, deu a vida por eles e propô-los como Caminho, Verdade e Vida para o bem de todos;
2ª - estes valores devem implementar-se nas relações entre os povos e entre as pessoas e são eles o segredo para o desenvolvimento sustentado, a paz universal e o bem-estar de todos.
Então, o Natal de Jesus não pode ser escondido nem privatizado. É um direito de todos e uma prenda de Jesus para todos – é a prenda e a Festa para os que acreditam em Jesus, O acolhem no coração e O levam àqueles que não sabem que Ele nasceu nem sabem que Ele está entre nós.
Sim! O Natal é a Festa, sobretudo, de Jesus que nasceu para todos e a Festa de todos os que O deixam nascer no coração, na vida, na família, na escola, no trabalho, na sociedade. Nascendo Jesus em todas as pessoas, realidades e instituições, nasce o Seu projecto de Solidariedade, de Paz, de Justiça, de Verdade, de Vida, de Amor… Nasce Alegria e Esperança para todos.
Com a implementação do projecto do Seu Reino, as Crianças podem sorrir e sonhar um futuro novo e todos nós podemos construir um Mundo Novo, ajudando a sorrir todos quantos hoje choram e sofrem com um mundo velho, corrupto, injusto e desigual.
Vem aí o Natal!... Não estraguemos o Natal!... Vem, Senhor Jesus!... Santo Natal para todos!... Viva a Esperança!...

† Ilídio, Bispo de Viseu

DESTAQUES DA SEMANA

Domingo ,dia 13
Reunião da Ordem 3.ª do Carmo, às 16h.

Segunda, dia 14
S. João da Cruz, carm., Festa

17 a 24 – Novena de Natal

Quinta, dia 17
– Roma: Encontro de Bento XVI com uni-versitários de Roma para iniciar a Novena de Natal

Sexta, dia18
- Copenhaga: Encerramento (início a 7 de Dezembro) da Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas

Sábado, dia19
- Viseu: Encontro de D. Ilídio Leandro com sacerdotes dispensados do ministério.

domingo, 6 de dezembro de 2009

II Domingo de Advento


”Preparai o caminho do Senhor”


Preparamos bem o Natal na medida em que seguimos o caminho do amor.
É o convite que nos faz S. Paulo na carta aos Filipenses: “que o vosso amor cresça cada vez mais, para que vos torneis puros e irrepreensíveis”.
De facto, se estamos no amor para com Deus e para com o próximo, conseguimos desapegarmo-nos dos males dentro e fora de nós.
O amor faz-nos encontrar o espaço para a oração, faz-nos ser humildes, prontos a reconhecer os nossos erros, a sermos mais generosos e a estarmos mais atentos a quem sofre, capazes de perdão, portadores de alegria. João Baptista é testemunha de tudo isto: esperou a vinda de Jesus na oração e na penitência. A sua vida deu “voz” a um testemunho credível, que com a sua palavra, toca os corações, converte os pecadores e os prepara para encontrar o Messias prometido.

Urge, então, percorrer a via da conversão: retirar os obstáculos que nos impedem de acolher o Senhor. Eliminar do coração o nosso egoísmo, a nossa soberba, a nossa superficialidade, enchendo o coração de um amor maior, de um amor verdadeiro.



Segunda Semana de Advento

«Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor e endireitai as suas veredas. (…)
E toda a criatura verá a salvação de Deus’.»


Reflicto – Deus prepara-te o caminho João percorre muitos caminhos para anunciar a vinda
de Jesus.
Compromisso: Neste momento do meu caminho para o Natal, também eu quero seguir a Palavra de Deus, que é Palavra de esperança e de salvação: mesmo se o caminho se tornar difícil, sei que nunca estarei sozinho. Recolher-me-ei em oração, procurando o silêncio interior, no meio de tantos ruídos, e o caminho se tornará mais fácil…

Rezo
Escutarei o que diz o Senhor:
Ele anuncia a paz.
Paz para o seu povo e para os seus fiéis,
paz para os que se voltam para Ele
com todo o coração.

Santa Maria, Virgem da noite



Santa Maria, Virgem da noite,
nós te pedimos que estejas ao nosso lado
quando desponta a dor,
irrompe a prova,
sibila o vento do desespero,
e pesa sobre a nossa existência
o negro céu das preocupações,
ou o frio das desilusões
ou a sombra da morte.
Livra-nos do calafrio das trevas.
Na hora do nosso calvário,
Tu, que experimentaste o eclipse do sol,
estende o teu manto sobre nós,
de modo que, envolvidos pelo teu alento,
se torne mais suportável
a longa espera pela liberdade.
Alivia com o teu carinho de Mãe
o sofrimento dos doentes.
Enche com presenças amigas e discretas
o tempo amargo de quem está só.
Cancela as amargas saudades
no coração dos navegantes,
e que eles encontrem em ti,
o porto seguro que procuram.
Preserva do mal todos os nossos
que trabalham em terras distantes e conforta,
com o brilho imenso do teu olhar,
os que perderam a confiança nesta vida.
Repete também hoje
o cântico do Magnificat,
e anuncia que a justiça há-de transbordar
para todos os oprimidos da terra.
não nos deixes sós, na noite,
a salmodiar os nossos medos.
Pelo contrário, se nos momentos de escuridão
estiveres ao nosso lado
e nos assegurares que também Tu,
Virgem do Advento,
estás à espera da Luz,
as fontes do pranto
secarão no nosso rosto.
E, juntos, acordaremos a aurora. Amen

DESTAQUES DA SEMANA

Terça, dia 8
Imaculada Conceição, padroeira e rainha de Portugal, Missa no Carmo às 12h.
Timor - A Fundação Mater Timor entrega à Diocese de Díli a Maternidade-Escola N. S.ra de Fátima.

7 a 18 - Dinamarca: Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas

Quinta, dia 10
Oslo - Cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz a Barack Obama

11 a 13 - «10 milhões de estrelas - um gesto de paz", as velas estarão à venda nos hipermercados Continente.



Imposição do escapulário – na Missa do meio dia, na solenidade da Imaculada Conceição, será imposto o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, às pessoas que se inscreverem na sacristia.

Tarde de Louvor e Adoração – No dia 8, terça-feira, na igreja do Carmo, orientada pelo Renovamento Carismático, das 14h30 às 17h30.

"Estandartes de Natal" com a figura do Menino Jesus, para se colocarem nas janelas e varandas das nossas casas. Disponíveis na sacristia.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

I Domingo de Advento




Mostra-me, Senhor, os teus caminhos
e ensina-me as tuas veredas.
(Salmo 25,4)

Neste primeiro domingo de Advento a existência cristã é colocada sob o sinal da espera.
Também hoje, como nos tempos de Jesus, as pessoas precisam de escutar uma Boa Nova: “Deus Amor sente muita alegria em vir viver connosco e entre nós”.
O Evangelho deste domingo “abana-nos” e convidanos a uma atitude vigilante, “cobrai ânimo e levantai a cabeça”, para podermos acolher o grande dom que o Pai nos faz e a toda a humanidade.
A espera vigilante não significa fuga da existência quotidiana, mas estar atentos para não sermos
apanhados desprevenidos.
O Advento é um caminho que tem que ser feito individualmente e em comum. Consiste sobretudo em “crescer e abundar na caridade uns para com os outros e para com todos”, como nos recorda S. Paulo.
Este amor, que precisa de ser sempre renovado, alimenta-se com a oração constante e
confiante.
Qual é a recompensa? Jesus já a deu a conhecer:
“Se nos amarmos uns aos outros, Deus
permanece em nós e o seu amor é perfeito em nós”
(1 Jo 4,12).

Primeira Semana de Advento



“Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima”



Reflicto
Olhando à nossa volta, vemos que o mundo é marcado por tensões, desequilíbrios e medos. Mas será que no mundo só existem essas coisas?
Comprometo-me a ver o positivo que existe à minha volta.



Rezo
Levanto os olhos para os montes.
Donde me virá o auxílio?
O meu auxílio vem do Senhor,
Que fez o céu e a terra.

O QUE ESTÁ EM JOGO


Foi só depois das eleições que descobrimos que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo era prioritária…
Diz-se que se trata de uma exigência da igualdade e da tolerância. Ninguém ficará impedido de casar, a ninguém será imposto um qualquer modelo de família. Mas não é isto que está verdadeiramente em jogo.
Em todas as épocas e civilizações, o casamento tem um reconhecimento social e jurídico por estar na origem da mais básica das instituições sociais. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a família é o «elemento natural e fundamental da sociedade e, como tal, tem direito à protecção desta e do Estado» (artigo 16º, nº3).
A primeira forma dessa protecção traduz-se no reconhecimento da sua insubstituível função social. Tradicionalmente, o Direito da Família aponta para um modelo institucional de referência.
Há hoje quem queira abolir qualquer modelo de referência e abrir a porta desse Direito a uma pluralidade de formas “familiares” (para os mais radicais, tantas como a imaginação humana possa conceber, incluindo a poligamia e as comunidades sexuais). Não há Família, há famílias – diz-se. A legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo insere-se nesta linha.
Mas se há muitas formas de convivência, família como “célula básica da sociedade”, “elemento natural e fundamental da sociedade” (na expressão da DUDH) só há uma: a que se baseia na união monogâmica e estável entre um homem e uma mulher.
Só assim concebida é que ela pode assegurar a harmoniosa renovação da sociedade – a mais básica das funções sociais.
A partir do momento em que o Estado esquece isso, ignora a especificidade da função da família e a confunde com qualquer outro tipo de convivência, fica comprometida qualquer política de protecção e promoção da família. O Estado deixa de reconhecer o que a família tem de característico e mais precioso: a abertura à vida e ao futuro, e também a riqueza da dualidade e
complementaridade sexuais, as quais também estruturam toda a vida social. O que é que o Estado vai proteger e promover se nem reconhece o que a família tem de característico e mais
precioso?
É isto que está em jogo. Uma modificação como esta não pode ser aprovada à pressa...
Pedro Vaz Patto

DESTAQUES DA SEMANA

Segunda, dia 30
S. André, Apóstolo

Quinta, dia 3
S. Francisco Xavier

Sábado, dia 5
S. Frutuoso, S. Martinho de Dume e S. Geraldo

4 a 6 – Fátima: Conselho Geral da Cáritas Portuguesa

Domingo, dia 6
– Fátima: Eucaristia presidida por D. Carlos Azevedo alusiva aos “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz”



Estão disponíveis, na igreja do Carmo, “estandartes de Natal” com a figura do Menino Jesus, para se colocarem nas janelas e varandas das nossas casas para recordar com amor Aquele que celebramos nesta Quadra.



Concerto de Advento Natal
pelo Coro Sta Cecília,
na igreja do Carmo,
no Domingo 6 de Dezembro,
às 16 horas.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Solenidade de Cristo Rei




Jesus Cristo,

Servo e Rei do Universo

Ao ser proclamado, hoje, o evangelho segundo S. João, escutamos: “Eu sou rei, mas o meu reino não é deste mundo”. Pilatos pergunta a Jesus: “Tu és rei?”. Jesus responde-lhe: “Tu o dizes, eu sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo: para dar testemunho da verdade”.
A característica do reino de Jesus é bem diferente da dos outros reinos. Não se impõe com a autoridade e com a força, mas com o amor. Ele é um Rei de amor. Apresenta-o sobretudo no Pretório, aparecendo cheio de chagas, coberto de sangue, com uma coroa de espinhos na cabeça, como o tinha feito compreender durante toda a sua vida, gasta num contínuo dom de si, particularmente para com os mais pobres. Jesus afirma que o seu Reino é de amor, de unidade e de paz. E demonstra-o dando a sua vida, tornando-se dom de amor para todos.
O crescimento interior e a santificação de cada um de nós, dependem da nossa união com Cristo. Nos tempos que correm, a palavra santidade poderá parecer uma utopia. Mas não é assim. O tempo corre, passa depressa e vai eliminando as visões parciais e contingentes. Permanece a verdade! Por isso, há que procurar o que vale para eternidade, porque tudo é possível a Deus, também a santidade.

ORAÇÃO A CRISTO REI

Jesus Cristo, Tu és meu Rei!
Dá-me um coração aberto para Ti.

Dá-me um coração grande na vida:
que saiba sempre escolher o que me ajuda a subir,
a ser mais, e não o que me arrasta para o fundo.

Um coração grande no meu trabalho:
vendo nele não uma carga que me é imposta,
mas uma missão que Tu me confias.

Grande no sofrimento:
um coração verdadeiramente forte, como o Teu, diante da cruz,
verdadeiro Cireneu, ajudando a levar a cruz dos outros.

Grande para com o mundo:
perdoando as suas faltas de elevação moral,
sem nunca ceder aos seus ditames.

Grande para com os outros:
leal com todos, mais sacrificado pelos humildes e pequenos,
desejoso por aproximar de Ti todos os que me amam.

Grande com os meus superiores:
vendo na sua autoridade
a beleza do Teu rosto, que me fascina.

Grande comigo mesmo:
jamais fechado em mim,
sempre apoiado em Ti.

Grande contigo: Oh Cristo Rei:
contente por viver para Te servir,
Feliz quando morrer, por me perder em Ti.
Ámen

DESTAQUES DA SEMANA

21 e 22 – Fátima: celebração dos 70 anos das Equipas de N.a Senhora

23 e 24 – Viseu - Instituto Superior de Teologia: Jornadas Teológicas no Auditório do Seminário

23 a 27 - Grécia - II Fórum católico-ortodoxo

24 a 27 - Brasil - IX Congresso Internacional das Misericórdias sobre «As Santas Casa e as Entidades Filantrópicas no III Milénio»

28 e 29 - Aveiro - Formação sobre «Voluntariado Missionário e Espiritualidade» promovido pela Fundação Evangelização e Culturas.

Domingo, dia 29
Início do Advento (Ano C)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

XXXII Domingo Comum B


Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida (Sl 15,11)

Aproxima-se a conclusão do ano litúrgico. O anúncio, que a Palavra sobretudo no Evangelho, nos oferece é o seguinte: a vinda de Jesus no fim da história.
E Jesus, o Filho do homem, dar-nos-á a conhecer o caminho da vida. É a via do amor a percorrer vivendo as suas palavras: “Tinha fome, tinha sede”, sobre as quais seremos julgados. No fim da vida, permanecerá somente o amor. Tudo o resto é nada.
Devemos, portanto, como nos sugere o Evangelho com a imagem do ramo tenro donde brotam as folhas, prestar atenção aos sinais dos tempos. O mundo de hoje caminha como nunca para a unidade. Caem as fronteiras e os muros, nascem novos organismos à escala internacional, porque somente juntos e cooperando o mundo pode avançar.
E nós, cristãos, devemos ser hoje testemunhas de unidade. O mundo tem necessidade de ver uma comunidade de pessoas que se dão bem. É o nosso contributo para a fraternidade universal.

A arte de governar


Estamos num recomeço: novo governo, novo programa, novos autarcas, novos responsáveis locais da grande cidade à pequena aldeia. Há já quem adiante que nada há de novo. Críticos e analistas afiam a pena e a palavra para descobrir apenas o
mesmo.
Mas, desta vez, os ovos não estão todos no mesmo cesto. Sem maioria absoluta os poderes estão repartidos, e as minorias ganham outra dimensão e responsabilidade. Com novos jogos de maiorias e minorias, podemos, por um lado, ser conduzidos
aos indesejáveis tempos da ameaça constante da queda do governo – e com isso da permanente cilada para recomeçar sempre no dia seguinte. Mas, por outro lado, assumimos a responsabilidade mais repartida. De modo a estimular a procura
de soluções tanto pelos que governam como pelos que estão na oposição. O País constróise com todos. Possivelmente mais com os pequenos empreendimentos multiplicados, do que com dependências de poucos-grandesgrupos com a decisão final em todos os momentos em que se joga o pão de cada dia.
O pão de cada dia é um conjunto de bens essenciais a que todos têm direito. Variam
necessariamente com a evolução dos tempos e as novas aquisições que o desenvolvimento humano, social e tecnológico permitem. E há urgência de pão para a mesa dos desempregados, de muitos idosos, dos desencantados da vida.
Mas esse pão também se define pelos valores que alimentam uma comunidade. Na cultura, na arte, nas dimensões espirituais que dão sentido à vida, na procura dum futuro aberto aos novos sinais que a ciência, as humanidades, a tecnologia, a
espiritualidade oferecem.
Um programa de governo desde o nível nacional ao mais longínquo recanto dum país precisa ter em conta este todo para não reduzir o futuro a um grupo de robots sem alma nem afecto.
Nenhum governo tem capacidade e autoridade para distorcer este direito fundamental dum povo. Nenhuma oposição tem direito a jogos rasteiros de perturbação política ou social deixando pelo caminho projectos de crianças e jovens, e direitos
sagrados de adultos e idosos que com o seu trabalho constroem ou construíram o que nós somos.
O terreno que se abre com “novos governos” é uma responsabilidade repartida por todos. Onde ninguém tem o direito de ficar de fora ou de expulsar quem quer que seja.
(António Rego)

DESTAQUES DA SEMANA

Encontro da Terceira Ordem Carmelita de Viseu
Próximo fim de semana: 21 e 22 de Novembro
Encontro no Centro Pastoral diocesano, orientado pelo Pe Francisco Rodrigues.
Para mais informações dirigir-se à sacrsitia da igreja.


Domingo dia, 15 - Dia dos seminários

Segunda, dia 16 - Comemoração de todos os fiéis defuntos carmelitas
- Viseu: Reunião dos bispos do Centro
- Roma: Bento XVI visitará a sede da FAO para a abertura da Cimeira Mundial sobre a Segurança Alimentar.

20 a 22 - Centro Cultural e de Congressos de Aveiro: Semana Social 2009

Sábado, dia 21
- Vaticano: Encontro de Bento XVI com artistas contemporâneos
- Jornada «pro Orantibus» dedicada às comunidades religiosas de clausura.

21 e 22 – Fátima: Celebração dos 70 anos das Equipas de Nossa Senhora

Domingo dia, 22 - Solenidade de Cristo Rei

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

XXXII Domingo Comum B


O Senhor é fiel para sempre

O testemunho das duas viúvas de que falam as leituras deste domingo é o anúncio da verdade presente no Salmo 145 proposto para esta semana: “O Senhor é fiel para sempre”. A primeira priva-se do pouco alimento que tinha e Deus recompensa-a, assegurando-lhe o necessário para si e para seu filho. A segunda oferece ao Senhor a única moeda que possuía e é admirada e elogiada por Jesus: “Deu mais do que todos os outros”.
No Evangelho, Jesus, perante a falsa religiosidade dos doutores da lei, convida os seus discípulos a porem a sua confiança em Deus, sempre fiel às suas promessas.
É a Palavra de Deus que nos motiva e nos pode ajudar a resolver os problemas sociais de hoje, fazendo também nós surgir iniciativas a favor dos deserdados, necessitados e dos que estão à beira do desespero.
Realizando o desafio de Jesus: “Dai e ser-vos-á dado”, teremos a confirmação de que Deus é Pai, sempre fiel às suas promessas. Não é fácil fazer isto hoje, num mundo em que se confia somente nos próprios meios e seguranças. Mas usando bem e com sapiência cada um dos nossos talentos, confiando n’Ele e na sua ajuda, tudo é possível.

SEMANA DOS SEMINÁRIOS



A celebração da Semana dos Seminários 2009, que a Igreja Católica em Portugal promove entre 8 e 15 de Novembro, faz ecoar uma mensagem de esperança.
“ S e m i n á r i o , palavra que chama e envia” é o mote da iniciativa, que lembra as instituições nas quais são formados os f u t u r o s sacerdotes.
O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, D. António Francisco dos Santos, assinala, na sua mensagem para esta semana, que “todos somos chamados a assumir os seminários e a formação dos novos sacerdotes como uma missão essencial da vida dos cristãos e das comunidades”.
Em pleno Ano Sacerdotal, “o amor pelos seminários, - acrescenta D. António - expresso em gestos de oração, de afecto e de generosidade, afirma um belo testemunho de vida eclesial, constitui um sinal de gratidão pelo bem ali realizado”.
Vem a propósito recordar palavras conclusivas do VI Fórum Nacional das Vocações, que aconteceu em Fátima nos dias 30 e 31 de Outubro: “Importa perceber que hoje os jovens não seguem modelos e ideais, mas procuram sobretudo experiências e vivências. Não querem tanto ouvir testemunhos mas sobretudo sentir realidades. Daqui decorre que a atitude fundamental seja de “perder” tempo com os jovens: conhecê-los, ouvi-los, crescer com eles, experimentar com eles. Precisamos de pôr em causa os nossos quadros mentais de educadores adultos, libertando-nos de prisões e reeducando-nos para sentir com e à maneira dos jovens”.

DESTAQUES DA SEMANA

Terceira Ordem Carmelita de Viseu
21 e 22 de Novembro - Encontro
No Centro Pastoral diocesano, orientado pelo Pe Francisco Rodrigues, responsável Nacional.
No dia 21 , sábado, o encontro começará às 9h30 e concluir-se-á com a Missa às 17h30 (no Carmo).
No Domingo, dia 22, a partir das 9h00, com conclusão ao meio-dia, na missa do Carmo.
As pessoas interessadas devem inscrever-se na sacrsitia da igreja.

Escola Bíblica - Estudo partilha e Oração
Qurtas-feiras, das 10h40 às 11h30, na igreja do Carmo.
Havendo um pequeno grupo interessado, pode repetir-se o encontro ao fim da tarde.

Meditação Cristã
(Mais informações:
www.meditacaocrista.com/
ou www.wccm.com.br/).
Em Viseu, se quiser participar num grupo de Meditação Cristã, pode vir à igreja do Carmo, às quintas-feiras, às 21h30.

Grupo Coral
Ensaios, orientados pelo Dr Vicente, às quintas-feiras, às 17h30.

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8 a 15 - Semana dos Seminários.

Segunda, dia 9 - Dedicação da Basílica de Latrão

9 a 12 – Fátima: Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa

Terça, dia 10 - S. Leão Magno

Quarta, dia 11 - S. Martinho

Sábado, dia 14 - Todos os santos e santas carmelitas

Domingo dia, 15-
Encerramento da campanha de recolha de donativos para o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas e a missão AMI em S. Tomé e Príncipe

- peditório das missas para os seminários

domingo, 1 de novembro de 2009

Todos os Santos


Felizes os pobres em espírito porque deles é o Reino dos Céus (Mc 5,3)

A festa de todos os Santos deixa-nos entrever um “pedaço” do paraíso, habitado – segundo a visão de S.João – por “uma multidão imensa de todas as nações, raças, povos e línguas”. Cada um deles, divina obra-prima, estupefacto, contempla a Deus e as suas maravilhas.
É uma visão que nos enche de alegria e de esperança: porque filhos de Deus, depois desta vida, participaremos também nós naquela existência serena, plena e luminosa.
E o caminho para lá chegar é o que Jesus nos propõe nas Bem-aventuranças, a via do amor, da santidade. E a santidade é feita das coisas comuns do dia-a-dia, simples, feitas com amor, ao alcance de todos.
A Palavra que hoje é proposta: “Felizes os pobres em espírito” é para todos nós um convite a não deixar apegar o coração aos bens terrenos, mas a apontar para o alto, para a cultura do dar. Trata-se muitas vezes de ultrapassar um pequeno obstáculo, realizando um gesto concreto de amor, perdendo a própria ideia para acolher a dos outros, renunciando a um objecto, a alguma peça de roupa ou a qualquer coisa não necessária para fazer uma oferta ao irmão.
Se entre nós existe o amor, mesmo com todos os seus limites, esta terra poderá ser uma pequena antecipação do paraíso, porque o próprio Deus será a nossa recompensa.

Santidade contagiosa


Em 1818, S. João Maria Vianney foi nomeado pároco de Ars, uma aldeia com 230 habitantes, na diocese de Lyon (França), um lugar igual a tantos. Tendo-se passado por trinta anos agitados, devido a revoluções e às guerras napoleónicas, o bispo preveniu-o de que iria encontrar uma situação religiosa muito precária: “Não existe muito amor a Deus naquela paróquia; sereis vós a reacendê-lo”. Um biógrafo do Santo Cura de Ars registou este testemunho, alguns anos depois: “Em 1832, Jean Picard, nascido em Ars, donde tinha partido, regressou para se fixar como carroceiro; declarou a aldeia irreconhecível. Admirado, ouvia os agricultores entoarem cânticos ao manejar as foices e a fazer cruzes com ramos que colocavam à entrada dos seus campos.” (J. Follain, O Santo Cura d’Ars, p.47).
Passados 150 anos, o Santo Cura de Ars pode parecer-nos um modelo de santidade muito distante do contexto da vida de hoje de um padre, e ainda mais da de um leigo, ou religioso. Uma coisa porém permanece válida e actual para todos: a santidade é contagiosa. Verdadeiramente vendo como rezava, como celebrava a Missa, como vivia – antes ainda de como falava, as pessoas de Ars mudaram a sua vida. Observa Paulo VI: “O homem contemporâneo escuta mais as testemunhas do que os mestres, ou se escuta os mestres é porque são testemunhas” (Evangelii Nuntiandi, 42).
Neste mês que começa com a recordação de Todos os Santos, façamos nosso este singular “contágio” a partir sobretudo do Evangelho: Palavra que se faz vida, vida que se faz Palavra.

DESTAQUES DA SEMANA

Escola Bíblica
Estudo e Oração

Vai começar, a partir da próxima quartafeira (dia 4 de Nov.), uma série de encontros dedicada ao estudo e à oração da Bíblia. Haverá dois turnos de encontro: o primeiro, de manhã, às 10h40; o segundo, ao f im da tarde, às 18h30 (este horário da tarde, de acordo com as pessoas presentes no primeiro encontro e com outras sugestões, pode ser alterado).

Terceira Ordem
Carmelita de Viseu
Encontro nos dias: 21 e 22

de Novembro
Pede-se a todos os membros da Ordem Terceira Carmelita e às pessoas interessadas em ingressar que se inscrevam para o encontro com o Pe Francisco Rodrigues, responsável
Nacional.
As actividades decorrerão, no dia 21 de Novembro, sábado, das 9h30 às 18h30 e no Domingo, dia 22, a partir das 9h00, com conclusão ao meio-dia, na missa do Carmo.

Grupo Coral
Ensaios, orientados pelo Dr Vicente, às quintas-feiras, às 17h30.

Meditação Cristã
(Mais informações:
www.meditacaocrista.com).

Em Viseu, se quiser participar num grupo de Meditação Cristã, pode vir à igreja do Carmo, às quintas-feiras, às 21h30 (numa salinha dos anexos da igreja, entrada pelo portão direito, ao cimo da escadaria).

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Segunda, dia 2
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Sábado, dia 6
S. Nuno de S.ta Maria

6 a 8 – Fátima: Fim-de-semana para noivos promovido pelo Movimento de Pastoral Familiar «Encontro Matrimonial»

7 e 8 – Porto: Celebração das Bodas de Diamante da Acção Católica Portuguesa

Domingo, dia 8– Fátima: Basílica: Conferência sobre «Aspectos
histórico-biográficos de S. Nuno de Santa Maria» por Jesué Pinharanda Gomes

- Visita Pastoral de Bento XVI a Brescia (Itália)

8 a 15 - Semana dos Seminários.

sábado, 24 de outubro de 2009

XXX Domingo Comum B


Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te (Mc 10, 49)

Jesus caminha para Jerusalém, onde irá completar a sua missão de Salvador com a sua morte e ressurreição. Com Ele caminha uma multidão que o segue atraída pela sua pessoa e seus milagres.
A passagem de Jesus reacende no cego a esperança. Brota no seu coração a fé de poder ser curado. Perante os seus gritos de socorro, Jesus pára e chama-o. “Coragem, – alguém lhe diz – levanta-te que Ele está a chamar-te”. O cego levanta-se, deita fora o bordão e vai ter com Jesus. E Jesus faz com que ele recupere a vista, dizendo: “Vai a tua fé te salvou”. O cego reconquistou a vista e começou a seguir Jesus.
A experiência do cego é também a nossa. Necessitados de tudo, passamos os nossos dias vivendo de expedientes, mendigando um pouco de alegria. Jesus passa ao nosso lado, mas não o vemos. E nos momentos mais difíceis invocamo-lo, mas no meio do barulho e da agitação não escutamos o seu convite a segui-l’O.
Mas um dia abrimos o Evangelho, encontrámos um amigo, vimos pessoas felizes que, docemente, nos diziam: “Coragem, levanta-te: Ele está a chamar-te!”. E encontrámo-nos com Jesus. Sentimos que era belo caminhar com Ele, mesmo na estrada da cruz. Ele deu-nos a coragem de O seguir.
E todos podemos contar o nosso encontro com Jesus e dizer com a vida: “É belo viver para um mundo novo, para um mundo melhor”.

DESTAQUES DA SEMANA


Escola Bíblica – Estudo e Oração
Às 10h40, às quartas-feiras, a partir de Novembro (1.º Encontro dia 4).
Se houver número suficiente de participantes, far-se-á também o mesmo encontro às Quartas-feiras, às 18h30 (ou noutro horário a combinar com as pessoas interessadas).

Grupo Coral
O Dr Vicente orienta os ensaios do Grupo Coral, às quintas-feiras, às 17h30.

Terceira Ordem Carmelita de Viseu
No fim-de-semana, 21 e 22 de Novembro, o responsável Nacional pela terceira Ordem Carmelita, estará em Viseu para um encontro de formação com os irmãos/as, noviços/as e candidatos/as à Ordem.
As actividades decorrerão, no dia 21 de Novembro, sábado, das 9h30 às 18h30 e no Domingo, dia 22, a partir das 9h00, com conclusão ao meio-dia na missa do Carmo. Os interessados deverão falar com o reitor da igreja ou com a D. Lucinda e fazer a sua inscrição.

Oficinas de Oração e Vida

As Oficinas de Oração e Vida são um serviço que ensina um método prático para aprender a orar e a viver cristãmente. São um serviço humilde, limitado a 15 sessões semanais. Aberto a toda a gente, designadamente a todos os que buscam a Deus.
A reunião de abertura, onde se prestarão mais esclarecimentos terá lugar no:
Centro Pastoral, pelas 15 horas do dia 3 de Novembro de 2009 (contacto: 933604710).

Meditação Cristã

A Comunidade Mundial de Meditação Cristã (CMMC) foi criada em 1991 com o objectivo de transmitir os ensinamentos do monge beneditino John Main sobre esta forma de oração. A Comunidade tem a sua sede em Londres – Internacional Centre – e tem muitos outros Centros espalhados pelo mundo. O guia espiritual da Comunidade é o P. Laurence Freeman, um aluno de John Main e, também, monge beneditino. A Comunidade é como que um “mosteiro sem paredes”, uma família de comunidades nacionais de cerca de 100 países. A sua base é o grupo de meditação local, que se reúne semanalmente nas casas, paróquias, escritórios, hospitais, prisões e escolas – um pouco por toda a parte onde haja pessoas a viver e em busca espiritual. A Comunidade Mundial é ecuménica e está ao serviço de uma unidade “católica”, universal no seu diálogo, quer com outras igrejas cristãs, quer com outras religiões ou tradições. A Comunidade pretende promover e apoiar a prática diária da meditação, dado o seu poder de transformar os corações e assim mudar o mundo. (Mais informações: www.meditacaocrista.com).
Em Viseu, se quiser participar de um grupo de Meditação Cristã, pode vir à igreja do Carmo, às quintas-feiras, às 21h30 (numa salinha dos anexos da igreja, entrada pelo portão direito, ao cimo da escadaria).

Encontro de Palavra de Vida
Este domingo, 25, às 16.30h, no Seminário das Missões, na sala sobre a garagem, realiza-se o encontro da Palavra de Vida, aberto a todos!


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Quarta, dia 28
S. Simão e S. Judas
Moçambique - Eleições

28 e 29
– Vaticano: Reunião da Comissão de Trabalho Bilateral Permanente entre o Estado de
Israel e a Santa Sé.

29 a 31
- Universidade de Évora: Colóquio Intern. para assinalar os 450 anos da fundação.

30 e 31 - Fátima - Fórum Nacional das Vocações.

Domingo, dia 1
Todos os Santos

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

XXIX Domingo Comum B - Dia Mundial das Missões


Quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos (Mc 10, 44)

As três leituras deste domingo sublinham o anúncio messiânico de Jesus, entendido não como domínio, mas como serviço.
Jesus identifica-se com o Messias, anunciado há séculos pelos profetas, que vinha para libertar o povo não com a força, mas partilhando as suas dores até oferecer em sacrifício própria vida.
Esta visão de um Messias que não se impõe com a força, coloca Tiago e João em crise. Jesus dá então aos seus discípulos, e a todos nós, uma lição de vida: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida”. Este é o estilo de vida dos seus discípulos. Esta é a verdadeira grandeza: colocar-se ao serviço de todos. Acrescenta, ainda, Jesus: “Quem quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos”.
Isto faz pensar na Última Ceia, em que Jesus lava os pés aos apóstolos, gesto que no Antigo Testamento não podia ser exigido nem sequer aos escravos, pois era considerado humilhante. E, ao contrário, Jesus afirma: “Se Eu, a quem vós chamais mestre e senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros”.
Colocar-se ao serviço de todos significa contribuir com Jesus para a salvação de todos.

Dia Mundial das Missões


“As nações caminharão à sua luz” (Ap 21, 24)

O Papa Bento XVI, na mensagem para o Dia Mundial das Missões (18 de Outubro de 2009), exorta todos os cristãos a não esquecerem a sua missão de profetas. Relembra muitos aspectos dos documentos Evangelii nuntiandi e Redemptoris missio, relevando a acção de todos aqueles que foram “chamados a evangelizar também por meio do martírio”.
O objectivo da missão da Igreja – recorda Bento XVI- é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos no seu caminhar na história rumo a Deus, para que encontrem n’Ele a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.
O futuro da nova criação brilha já no nosso mundo e acende, mesmo se entre contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é “contagiar” de esperança todos os povos. Por isso, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve tornar-se uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso urgente e inadiável.
A Igreja aspira a transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, “que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus Caritas est, 39). Esta é a missão e serviço em que, também com esta Mensagem, desejo chamar a participar todos os membros e instituições da Igreja.

DESTAQUES DA SEMANA

Encontro de Palavra de Vida
No próximo domingo, 25, às 16.30h, na sala sobre a garagem, no Seminário das Missões realiza-se o encontro da Palavra de Vida, aberto a todos!

Escola Bíblica – Estudo e Oração
A partir de Novembro, às 10h40, às quartas-feiras (1.º Encontro dia 4).
Se houver número suficiente de participantes, far-se-á também o mesmo encontro às segundas-feiras, às 18h00 (ou outro horário a combinar com as pessoas interessadas).

Grupo Coral
A partir desta semana, o Dr Vicente vai orientar os ensaios do Grupo Coral. As pessoas interessadas podem informar-se sobre o horário no Hall de entrada da igreja.

Terceira Ordem Carmelita de Viseu
No fim-de-semana, 21 e 22 de Novembro, o responsável Nacional pela terceira Ordem Carmelita, estará em Viseu para um encontro de formação com os irmãos/as, noviços/as e candidatos/as à Ordem.
As actividades decorrerão, no dia 21 de Novembro, sábado, das 9h30 às 18h30 e no Domingo, dia 22, a partir das 9h00, com conclusão ao meio-dia na missa do Carmo.

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Terça, dia 20
- Lisboa - Academia da Marinha: Conferência «S.Nuno de Santa Maria, Herói e Santo»

Sábado, dia 24
– Dia das nações Unidas

Domingo, dia 25

- X Dia do Voluntário Missionário.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

XXVIII Domingo Comum B


Vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres. Depois, vem e segue-Me
(Mc 10,21)

O Evangelho apresenta-nos o encontro de Jesus com um jovem insatisfeito com as regras e com as práticas religiosas. O qual pergunta a Jesus: “O que devo fazer para ser feliz?”.
Jesus olha-o com afecto e faz-lhe a sua proposta: “Vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e depois vem e segue-me”. Aquele jovem retirou-se muito triste, porque tinha muitos bens.
Esta palavra não é só para quem fez a escolha de renunciar às riquezas, mas vale para todos. Todos, de facto, corremos o risco de nos apegarmos às coisas e às pessoas. E assim o coração não é livre para seguir Jesus. Tudo nos foi dado como dom, nada nos pertence. O que temos foi-nos dado somente para administrar.
E como fizeram os primeiros cristãos, também nós, cada um de acordo com a sua vocação, podemos, de alguma forma, colocar em comum os nossos bens, para que se realize aquela comunhão que caracterizava as primeiras comunidades cristãs.
Isto exige um passo em frente que liberta a alma e nos dá a paz. E assim, animados pela Sapiência, abrimo-nos à Palavra de vida para corrermos na via do amor.

Parábola do Monge e do diamante


Um monge ia a caminho e sentou-se debaixo de uma árvore para passar a noite.
Nisto, aproximou-se um aldeão, arquejado, para lhe dizer:
“Vá lá, rápido, dá-me a pedra, a pedra!”
“Que pedra?”, perguntou-lhe o monge.
O aldeão respondeu-lhe:
“A noite passada, sonhando, vi um santo, e assegurou-me que, vindo aqui durante a noite, encontraria um monge, que me daria a melhor e maior pedra preciosa do mundo: e que assim tornar-me-ia rico para sempre”.
O monge revistou o seu saco e deu-lhe um diamante, dizendo-lhe:
“Toma lá, pode ser que seja isto, quem sabe. Encontrei-o, há dias, na estrada, enquanto ía a caminho”.
O aldeão pegou ansiosamente no diamante, despediu-se extasiado, olhando-o por um bom bocado, e depois foi-se embora para casa a correr. Passou toda a noite às reviravoltas na cama.
Estava tão nervoso que era incapaz de dormir.
No dia seguinte, foi à procura do monge e disse-lhe:
“Dá-me, por favor, a riqueza que permite que te desprendas com tanta facilidade deste maravilhoso diamante. Indica-me o teu tesouro”.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

XXVII Domingo Comum B

Deixará pai e mãe, e os dois serão uma só carne (Mc 10,7)

São muito caros a Jesus a beleza e o valor da relação: com Deus e com os irmãos. Isto vale de modo particular no relacionamento de amor entre o homem e a mulher no matrimónio.
É uma visão estupenda, a que Jesus propõe no matrimónio: “os dois serão uma só coisa”. Uma comunhão de amor tal que os torna uma única existência. Uma comunhão de amor que não se apagará nem sequer com a morte. Porque o amor, sendo autêntico, é “para sempre”. E sobre a terra é um sinal do relacionamento de amor de Deus Trindade.
Consequentemente o amor entre um homem e uma mulher é fruto de uma vocação: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. É um chamamento estupendo a uma doação recíproca, até dar a vida cada um pelo outro. Não um amor fechado em si mesmo, mas aberto à vida de novas criaturas e aberto à comunidade. Um amor empenhado, por isso, deve ser continuamente renovado reciprocamente e alimentado por um relacionamento pessoal e comunitário, com Deus e com os irmãos.



“Como poderei descrever a felicidade de um casamento
celebrado em Igreja,
confirmado pela oferta,
celebrado pela bênção anunciada pelos anjos,
confirmado pelo Pai?

Que belo casal formam dois crentes
unidos numa única esperança,
num único ideal,
unidos pelo mesmo modo de viver
e pela mesma disponibilidade!

Ambos irmãos e servidores do mesmo Senhor,
sem nenhuma divisão na carne ou no espírito,
oram juntos, ajoelham-se juntos
e juntos partilham a mesma mesa.

Ensinam-se mutuamente,
exortam-se e apoiam-se um ao outro.

Estão juntos na sagrada celebração,
juntos na Ceia do Senhor,
juntos nas provações,
na perseguição e na alegria.

Não há nenhum perigo
que leve um a esconder-se do outro,
a evitarem-se, ou a que um seja perturbado pelo outro...

De boa vontade
visitam os doentes e ajudam os necessitados.
Dão esmolas com disponibilidade,
todos os dias cumprem infatigavelmente os seus deveres.

E não sabem que são como que sinais escondidos da Cruz!
Agradecem sem reservas e abençoam-se um ao outro.

Recitam salmos e hinos, alternadamente,
porfiam entre si para ver
quem melhor sabe cantar os louvores de Deus.

Vendo e ouvindo isto...
Cristo compraz-se e envia a sua Paz aos dois esposos.
Onde está um casal cristão, também está Cristo!

(TERTULIANO, Ad Uxorem, II,9 - autor do séc.II-III - Norte de África)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

XXVI Domingo Comum B


Se o teu pé é para ti ocasião de escândalo, corta-o!
(Mc 9,45)

Com estas palavras, Jesus convida a cortar o pé, se este é ocasião de escândalo. Antes tinha dito o mesmo em relação à mão. A seguir fala de um dos olhos. Certamente que Jesus não está recomendar nenhuma espécie de mutilação. Ele quer simplesmente dizer-nos que perante alguma coisa que possa ser para nós ocasião de pecado grave, devemos estar dispostos a renunciar a tudo (sim renuncio!), mesmo às coisas e até às pessoas mais queridas, para não corrermos o risco de perder o bem maior da salvação, diante da qual todos os bens materiais são nada!
Os pés, por exemplo, podem levar-nos a ambientes que devemos absolutamente evitar, porque induzem ao mal…
Jesus referindo o olho, a mão e o pé, que são membros tão importantes e preciosos, repete-nos que nenhum sacrifício é demasiado grande para não perder a comunhão com Deus.
Por isso, somos convidados a cortar qualquer apego do nosso coração a tudo aquilo que não devemos amar. Não podemos seguir Jesus se não renegando-nos a nós próprios e amando a própria cruz. O cristão não é uma pessoa diminuída: deve ser alguém forte!
Como sempre que se faz a poda a uma planta, daí surgem novos ramos e frutos, cada renúncia que o cristão realiza por amor a Cristo faz despertar em nós um novo clarão de felicidade.

XXVI Domingo Comum B - Meditando e rezando


Senhor, somos determinados, não restam dúvidas,
quando se trata de julgar os outros:
basta ver a facilidade com que “instruímos” um processo,
para submeter os outros a julgamento,
prontos para condenar e fazer respeitar
aquelas que nos parecem regras sacrossantas,
que não se podem pisar.
Fazemos tudo isto mais facilmente
quando está em causa um “estrangeiro”
do que um dos nossos,
alguém que no fundo tememos e de quem suspeitamos
apenas porque nos é “estranho”.

Tu pedes-nos decisão, Jesus,
mas apontas-nos outra direcção:
pedes-nos que sejamos decididos connosco próprios
quando é preciso arrancar da nossa existência
o mal que em nós se enraizou
e está a provocar consideráveis danos;
decididos a cortar, com destreza e radicalidade,
os comportamentos e as atitudes
que provocam escândalo, que ofendem os pobres,
que atraiçoam o Evangelho;
determinados quando está em jogo a nossa salvação eterna
e não podemos continuar com rodeios ou hesitações.




Obrigado, ó Jesus, porque queres
que os teus discípulos saibam apreciar o bem e a beleza
em qualquer lugar em que aconteça
em qualquer coração em que floresça.
Obrigado por esta abertura de coração
que constantemente nos pedes,
porque em cada época
pode existir a tentação de criar fronteiras
ou de levantar muros de divisão.
Deste lado os nossos, daquele lado os outros;
deste lado o bem, daquele lado o mal;
deste lado os crentes, daquele os ateus:
deste lado as pessoas da paróquia,
daquele os distantes, os que têm que se converter.
E, depois, se estes muros se levantam também
entre as comunidades paroquiais,
entre os grupos eclesiais,
então, Jesus, estaremos bem longe de Ti,
da Tua mensagem, do Teu coração.
Agindo deste modo tornamo-nos um obstáculo à fé.
Estas tentações de levantar muros
e de não construir pontes
existiram na Igreja,
existiram e ainda podem existir,
mas não nos deixes render.
Faz-nos sonhar a unidade do Evangelho;
ajuda-nos a recomeçar em cada dia por nós mesmos,
pela nossa Comunidade, pelos nossos grupos,
com a convicção
de que não temos que realizar tudo duma só vez.
Basta que saibamos abrir o coração, estender os braços,
lançar sementes de acolhimento e de fraternidade.
O resto é por Tua conta!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

XXV Domingo Comum B


O primeiro entre vós
seja servo de todos
(Mc 9, 35)

À medida que se aproxima a paixão e morte do Mestre, os Apóstolos discutem sobre a conquista e sobre os cargos de poder que irão ocupar no futuro. Jesus, decide, então, reunir à sua volta os Doze e, nesse contexto, formula o código da autoridade cristã na frase límpida e radical: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos o servo de todos”. Esta atitude de doação total configura o discípulo na sua genuína dignidade.
Apreendemos imediatamente que esta é uma definição do próprio Jesus, que é o primeiro enquanto último de todos e servo de todos. O primado do amor ultrapassa o do egoísmo. A
liberdade que nos torna semelhantes a Deus, passa por nos tornarmos, por amor, escravos uns dos outros. Jesus substitui a vontade de ser o primeiro no ter, no poder e no aparecer, pelo desejo de servir e de acolher o mais pequeno. Esta é a grandeza de Deus. Vivendo o amor não nos servimos do outro, mas servimo-lo; não lhe roubamos o que tem, mas despojamo-nos, a seu favor, de tudo o que temos e até de nós próprios. Os santos compreenderam bem a lição, afirmando, como S. Vicente de Paulo, que o pobre era o seu patrão.






HUMILDADE
Junto a um rio, que tinha por margens as montanhas, viviam uns jovens que pretendiam uma vida mais simples conforme o seu espírito para alcançar o bem. Mas, como desejavam ser mais do que eram, reuniram-se à volta de um ancião, a quem chamaram superior.
Passaram-se anos. Naquele vale fizeram um mosteiro e o grupo cresceu. Nas redondezas este grupo tinha fama de santo e até de milagreiro.
Mas os primeiros jovens que fundaram o mosteiro não estavam contentes. Um dia, durante a reunião semanal, Cassiano disse que abandonava o grupo, porque eles não viviam a austeridade e a pobreza. Bruno também falou e acusou a comunidade de não ser generosa e não se entregar aos outros. A seguir, Geraldo também entrou em si e viu que a comunidade rezava pouco: só sete vezes por dia! Ele queria mais, e assim anunciava a sua saída. Por fim, Hilário também manifestou o seu descontentamento: a comunidade trabalhava pouco; estava a tornar-se comodista.
Assim, aqueles quatro monges, desejosos de uma maior perfeição, saíram e foram para o mundo à procura de uma maior exigência. O superior calou-se. Apenas lhes disse que estava disposto a recebê-los de braços abertos, se um dia quisessem voltar.

Passaram-se muitos anos...
Um dia, anciãos de barbas brancas bateram à porta do convento. O superior veio recebê-los.
Cassiano pediu para ser readmitido, pois queria ser pobre e austero. Bruno queria ser mais generoso e por isso voltou. Geraldo vinha à procura de paz para rezar. Hilário queria trabalho constante mas não desumanizante.
O superior recebeu-os de braços abertos e sorriu.
Nos quatro monges houve uma transformação importante: antes pensavam que eram bons e exigiam muito aos outros, Agora eram humildes e começavam a ser exigentes consigo mesmos.
(A. G. Barbosa)







Escola Bíblica – Estudo e Oração
(Formação Inicial)
Se tem interesse em frequentar esta “Escola”,
deixe as suas sugestões de horário no Hall de
entrada da igreja ou aqui no blog.






segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Faça-se a tua vontade

Faça-se a tua vontade

Meu Deus,
É esta a minha oração:
Fere a raiz da minha miséria.
Dá-me força
Para levar facilmente
As minhas alegrias
E os meus pesares.
Dá-me força para que o meu amor
Produza frutos úteis.
Dá-me força
Para renegar nunca renegar do pobre
Ou dobrar o joelho
Ao poder do insolente.
Dá-me força
Para levantar o meu pensamento
Sobre a mesquinhez quotidiana.
Dá-me força, por fim,
Para, apaixonado,
render a minha força
À tua vontade.
(R. Tagore)

XXIV Domingo Comum B



“Se alguém quiser seguir-Me,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me”
(Mc 8, 34)


Jesus, num lugar afastado das multidões, coloca aos discípulos a seguinte questão: “Quem dizem por aí que eu sou?”. Em seguida, depois de os ter escutado, pergunta-lhes: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Pedro responde: “Tu és o Messias”.
Mesmo faltando a Pedro a plenitude da luz, que receberá como fruto do acontecimento pascal, a sua resposta está certa, ele compreendeu que Jesus é o enviado definitivo de Deus, o cumprimento de todas as esperanças que marcaram a história de Israel.

Contudo,sobre este assunto, Jesus impõe o silêncio aos seus discípulos. Eles ainda não estavam preparados para compreender como é que Jesus seria o Messias; precisavam de viver a experiência da Páscoa para poderem dar uma resposta cabal à pergunta que Jesus lhes tinha colocado.
Entretanto, esta situação oferece ao Senhor a possibilidade de apresentar a todos as condições para o poderem seguir: “Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e
siga-Me”.
São as condições exigentes e fortes que Jesus nos coloca tambéma nós.
Primeiro (“Renuncie a si mesmo”), Jesus pede ao seu discípulo a renúncia total a si mesmo: à própria vontade, às próprias aspirações e projectos, numa palavra a submissão plena à vontade do Pai, à semelhança do que Ele fez.
Com a segunda condição (“Tome a sua cruz”), Jesus pede aos discípulos a coragem para enfrentarem as perseguições, as calúnias, a oposição da opinião pública. Significa também abraçar todas aquelas situações que nos causam sofrimento: doenças, incompreensões, contratempos, fracassos.
Com a terceira condição (“Siga-me”), Jesus chama o seu discípulo a ser decidido, perseverante, a que coloque seriedade no compromisso de O seguir.
Como Jesus que “perdeu a sua vida” e a reencontrou em plenitude na ressurreição; do mesmo modo, o discípulo, renunciando ou mortificando-se a si mesmo por causa da fidelidade ao Evangelho, permitirá que se realize plenamente o projecto de Deus a seu respeito, experimentará a plena realização de si mesmo.