segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Parábola do Monge e do diamante


Um monge ia a caminho e sentou-se debaixo de uma árvore para passar a noite.
Nisto, aproximou-se um aldeão, arquejado, para lhe dizer:
“Vá lá, rápido, dá-me a pedra, a pedra!”
“Que pedra?”, perguntou-lhe o monge.
O aldeão respondeu-lhe:
“A noite passada, sonhando, vi um santo, e assegurou-me que, vindo aqui durante a noite, encontraria um monge, que me daria a melhor e maior pedra preciosa do mundo: e que assim tornar-me-ia rico para sempre”.
O monge revistou o seu saco e deu-lhe um diamante, dizendo-lhe:
“Toma lá, pode ser que seja isto, quem sabe. Encontrei-o, há dias, na estrada, enquanto ía a caminho”.
O aldeão pegou ansiosamente no diamante, despediu-se extasiado, olhando-o por um bom bocado, e depois foi-se embora para casa a correr. Passou toda a noite às reviravoltas na cama.
Estava tão nervoso que era incapaz de dormir.
No dia seguinte, foi à procura do monge e disse-lhe:
“Dá-me, por favor, a riqueza que permite que te desprendas com tanta facilidade deste maravilhoso diamante. Indica-me o teu tesouro”.