quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

EPIFANIA - REIS



Brilha sobre ti a glória do Senhor (Is. 60,1)


A Epifania é um dos acontecimentos que sempre causarão admiração à humanidade. Neste episódio, Deus, por amor, não defende ciosamente a sua dignidade: faz-se Menino num abrigo de pastores, nu sobre a palha, o último entre os nascidos de mulher. Diante d’Ele, como num sonho, vemos o poder, a riqueza, a ciência, o orgulho "desfazerem-se" num gesto de adoração e numa declaração comovedora: "Tu és o meu Senhor, o meu único bem!"
Tudo começou com uma pequena luz, primeiro ténue no mais profundo do coração, depois tornou-se estrela que guia e ilumina os passos, orienta no meio das tentações dos reis e dos sábios, dá apoio até finalmente se consumar na grande luz, no sol que é Jesus.
A história dos Reis Magos é também a nossa história que deve começar ou já começou com a Palavra de Deus feito homem, Jesus. Uma palavra que cresce e se faz carne sempre que acreditamos nela, vivendo-a, traduzindo-a em escolhas de vida, numa estrada nova para seguir, em verdade que nos liberta dos ídolos das nossas ideologias.
Enquanto, olhando para os Reis, "sonhamos" toda a humanidade prostrada diante de Deus que veio habitar entre nós, procuremos manter viva a estrela que encontrámos. Já são muitas as estrelas que brilham no mundo inteiro.



Poema de Natal


Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer a minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.


Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me trespassa,
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presepe o nascimento.


Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.


Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.


Manuel Maria Barbosa du Bocage

«Se queres cultivar a paz, preserva a criação»

Transcrição do n.º 12 da mensagem do Santo Padre para o dia Mundial da Paz, que ocorreu no passado dia 1 de janeiro:

A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também no âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo. Com efeito, a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana, pelo que, «quando a "ecologia humana" é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental». Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos: o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a da ética pessoal, familiar e social (28). Os deveres para com o ambiente derivam dos deveres para com a pessoa considerada em si mesma e no seu relacionamento com os outros. Por isso, de bom grado encorajo a educação para uma responsabilidade ecológica, que, como indiquei na encíclica "Caritas in veritate", salvaguarde uma autêntica «ecologia humana» e consequentemente afirme, com renovada convicção, a inviolabilidade da vida humana em todas as suas fases e condições, a dignidade da pessoa e a missão insubstituível da família, onde se educa para o amor ao próximo e para o respeito da natureza. É preciso preservar o património humano da sociedade. Este património de valores tem a sua origem e está inscrito na lei moral natural, que é fundamento do respeito da pessoa humana e da criação.

DESTAQUES DA SEMANA

Domingo, dia 3
Solenidade da Epifania (Reis)

Sexta, dia 8
S. Pedro Tomás, carmelita

Domingo, dia 10
Festa do Baptismo do Senhor