sexta-feira, 16 de outubro de 2009

XXIX Domingo Comum B - Dia Mundial das Missões


Quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos (Mc 10, 44)

As três leituras deste domingo sublinham o anúncio messiânico de Jesus, entendido não como domínio, mas como serviço.
Jesus identifica-se com o Messias, anunciado há séculos pelos profetas, que vinha para libertar o povo não com a força, mas partilhando as suas dores até oferecer em sacrifício própria vida.
Esta visão de um Messias que não se impõe com a força, coloca Tiago e João em crise. Jesus dá então aos seus discípulos, e a todos nós, uma lição de vida: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida”. Este é o estilo de vida dos seus discípulos. Esta é a verdadeira grandeza: colocar-se ao serviço de todos. Acrescenta, ainda, Jesus: “Quem quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos”.
Isto faz pensar na Última Ceia, em que Jesus lava os pés aos apóstolos, gesto que no Antigo Testamento não podia ser exigido nem sequer aos escravos, pois era considerado humilhante. E, ao contrário, Jesus afirma: “Se Eu, a quem vós chamais mestre e senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros”.
Colocar-se ao serviço de todos significa contribuir com Jesus para a salvação de todos.

Dia Mundial das Missões


“As nações caminharão à sua luz” (Ap 21, 24)

O Papa Bento XVI, na mensagem para o Dia Mundial das Missões (18 de Outubro de 2009), exorta todos os cristãos a não esquecerem a sua missão de profetas. Relembra muitos aspectos dos documentos Evangelii nuntiandi e Redemptoris missio, relevando a acção de todos aqueles que foram “chamados a evangelizar também por meio do martírio”.
O objectivo da missão da Igreja – recorda Bento XVI- é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos no seu caminhar na história rumo a Deus, para que encontrem n’Ele a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.
O futuro da nova criação brilha já no nosso mundo e acende, mesmo se entre contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é “contagiar” de esperança todos os povos. Por isso, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve tornar-se uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso urgente e inadiável.
A Igreja aspira a transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, “que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus Caritas est, 39). Esta é a missão e serviço em que, também com esta Mensagem, desejo chamar a participar todos os membros e instituições da Igreja.

DESTAQUES DA SEMANA

Encontro de Palavra de Vida
No próximo domingo, 25, às 16.30h, na sala sobre a garagem, no Seminário das Missões realiza-se o encontro da Palavra de Vida, aberto a todos!

Escola Bíblica – Estudo e Oração
A partir de Novembro, às 10h40, às quartas-feiras (1.º Encontro dia 4).
Se houver número suficiente de participantes, far-se-á também o mesmo encontro às segundas-feiras, às 18h00 (ou outro horário a combinar com as pessoas interessadas).

Grupo Coral
A partir desta semana, o Dr Vicente vai orientar os ensaios do Grupo Coral. As pessoas interessadas podem informar-se sobre o horário no Hall de entrada da igreja.

Terceira Ordem Carmelita de Viseu
No fim-de-semana, 21 e 22 de Novembro, o responsável Nacional pela terceira Ordem Carmelita, estará em Viseu para um encontro de formação com os irmãos/as, noviços/as e candidatos/as à Ordem.
As actividades decorrerão, no dia 21 de Novembro, sábado, das 9h30 às 18h30 e no Domingo, dia 22, a partir das 9h00, com conclusão ao meio-dia na missa do Carmo.

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Terça, dia 20
- Lisboa - Academia da Marinha: Conferência «S.Nuno de Santa Maria, Herói e Santo»

Sábado, dia 24
– Dia das nações Unidas

Domingo, dia 25

- X Dia do Voluntário Missionário.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

XXVIII Domingo Comum B


Vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres. Depois, vem e segue-Me
(Mc 10,21)

O Evangelho apresenta-nos o encontro de Jesus com um jovem insatisfeito com as regras e com as práticas religiosas. O qual pergunta a Jesus: “O que devo fazer para ser feliz?”.
Jesus olha-o com afecto e faz-lhe a sua proposta: “Vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e depois vem e segue-me”. Aquele jovem retirou-se muito triste, porque tinha muitos bens.
Esta palavra não é só para quem fez a escolha de renunciar às riquezas, mas vale para todos. Todos, de facto, corremos o risco de nos apegarmos às coisas e às pessoas. E assim o coração não é livre para seguir Jesus. Tudo nos foi dado como dom, nada nos pertence. O que temos foi-nos dado somente para administrar.
E como fizeram os primeiros cristãos, também nós, cada um de acordo com a sua vocação, podemos, de alguma forma, colocar em comum os nossos bens, para que se realize aquela comunhão que caracterizava as primeiras comunidades cristãs.
Isto exige um passo em frente que liberta a alma e nos dá a paz. E assim, animados pela Sapiência, abrimo-nos à Palavra de vida para corrermos na via do amor.

Parábola do Monge e do diamante


Um monge ia a caminho e sentou-se debaixo de uma árvore para passar a noite.
Nisto, aproximou-se um aldeão, arquejado, para lhe dizer:
“Vá lá, rápido, dá-me a pedra, a pedra!”
“Que pedra?”, perguntou-lhe o monge.
O aldeão respondeu-lhe:
“A noite passada, sonhando, vi um santo, e assegurou-me que, vindo aqui durante a noite, encontraria um monge, que me daria a melhor e maior pedra preciosa do mundo: e que assim tornar-me-ia rico para sempre”.
O monge revistou o seu saco e deu-lhe um diamante, dizendo-lhe:
“Toma lá, pode ser que seja isto, quem sabe. Encontrei-o, há dias, na estrada, enquanto ía a caminho”.
O aldeão pegou ansiosamente no diamante, despediu-se extasiado, olhando-o por um bom bocado, e depois foi-se embora para casa a correr. Passou toda a noite às reviravoltas na cama.
Estava tão nervoso que era incapaz de dormir.
No dia seguinte, foi à procura do monge e disse-lhe:
“Dá-me, por favor, a riqueza que permite que te desprendas com tanta facilidade deste maravilhoso diamante. Indica-me o teu tesouro”.