O primeiro entre vós
seja servo de todos
(Mc 9, 35)
(Mc 9, 35)
À medida que se aproxima a paixão e morte do Mestre, os Apóstolos discutem sobre a conquista e sobre os cargos de poder que irão ocupar no futuro. Jesus, decide, então, reunir à sua volta os Doze e, nesse contexto, formula o código da autoridade cristã na frase límpida e radical: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos o servo de todos”. Esta atitude de doação total configura o discípulo na sua genuína dignidade.
Apreendemos imediatamente que esta é uma definição do próprio Jesus, que é o primeiro enquanto último de todos e servo de todos. O primado do amor ultrapassa o do egoísmo. A
liberdade que nos torna semelhantes a Deus, passa por nos tornarmos, por amor, escravos uns dos outros. Jesus substitui a vontade de ser o primeiro no ter, no poder e no aparecer, pelo desejo de servir e de acolher o mais pequeno. Esta é a grandeza de Deus. Vivendo o amor não nos servimos do outro, mas servimo-lo; não lhe roubamos o que tem, mas despojamo-nos, a seu favor, de tudo o que temos e até de nós próprios. Os santos compreenderam bem a lição, afirmando, como S. Vicente de Paulo, que o pobre era o seu patrão.
HUMILDADE
Junto a um rio, que tinha por margens as montanhas, viviam uns jovens que pretendiam uma vida mais simples conforme o seu espírito para alcançar o bem. Mas, como desejavam ser mais do que eram, reuniram-se à volta de um ancião, a quem chamaram superior.
Passaram-se anos. Naquele vale fizeram um mosteiro e o grupo cresceu. Nas redondezas este grupo tinha fama de santo e até de milagreiro.
Mas os primeiros jovens que fundaram o mosteiro não estavam contentes. Um dia, durante a reunião semanal, Cassiano disse que abandonava o grupo, porque eles não viviam a austeridade e a pobreza. Bruno também falou e acusou a comunidade de não ser generosa e não se entregar aos outros. A seguir, Geraldo também entrou em si e viu que a comunidade rezava pouco: só sete vezes por dia! Ele queria mais, e assim anunciava a sua saída. Por fim, Hilário também manifestou o seu descontentamento: a comunidade trabalhava pouco; estava a tornar-se comodista.
Assim, aqueles quatro monges, desejosos de uma maior perfeição, saíram e foram para o mundo à procura de uma maior exigência. O superior calou-se. Apenas lhes disse que estava disposto a recebê-los de braços abertos, se um dia quisessem voltar.
Assim, aqueles quatro monges, desejosos de uma maior perfeição, saíram e foram para o mundo à procura de uma maior exigência. O superior calou-se. Apenas lhes disse que estava disposto a recebê-los de braços abertos, se um dia quisessem voltar.
Passaram-se muitos anos...
Um dia, anciãos de barbas brancas bateram à porta do convento. O superior veio recebê-los.
Cassiano pediu para ser readmitido, pois queria ser pobre e austero. Bruno queria ser mais generoso e por isso voltou. Geraldo vinha à procura de paz para rezar. Hilário queria trabalho constante mas não desumanizante.
O superior recebeu-os de braços abertos e sorriu.
Nos quatro monges houve uma transformação importante: antes pensavam que eram bons e exigiam muito aos outros, Agora eram humildes e começavam a ser exigentes consigo mesmos.
(A. G. Barbosa)
Escola Bíblica – Estudo e Oração
(Formação Inicial)
Se tem interesse em frequentar esta “Escola”,
deixe as suas sugestões de horário no Hall de
entrada da igreja ou aqui no blog.
(Formação Inicial)
Se tem interesse em frequentar esta “Escola”,
deixe as suas sugestões de horário no Hall de
entrada da igreja ou aqui no blog.