quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

IV Domingo do Tempo Comum C

“O filho do carpinteiro caminha com seu Pai do céu”



“A caridade não acaba nunca”
(1 Cor 13, 8)


Os relacionamentos de Jesus com os seus conterrâneos são difíceis, incompatíveis até. Os habitantes de Nazaré exigem que Ele faça aquilo que eles querem: “Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. Procuram “sinais”, prodígios, reduzindo assim a Fé a magia e a economia. Jesus, então, “sai” da sua terra, vai para “mais longe”, vai ter com os outros, com os desesperados, os excluídos, os que não têm direitos, nem voz, anunciando a todos com força e ternura a boa notícia: “O meu Pai e vosso Pai ama-vos immensamente, fazei assim vós também”, “amai-vos como Eu vos amei”.
Também Paulo, no famoso hino à caridade, nos fala de um amor que vai mais longe: “a caridade é benigna, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
Sem a caridade tudo o que temos, o que somos e o que fazemos não vale nada: tudo é vão!
O amor não é um mandamento só para os cristãos, mas para todos. Se a caridade é o que permanece, vivamos então a regra de ouro: “Fazer aos outros o que gostavas que te fizéssem a ti”. É o que diz Gandhi: “Não posso ferir-te, sem me ferir a mim”.
O amor vivido, portanto, faz-nos alargar os horizontes: coloca a alma em relacionamento esponsal com Deus, enche de alegria o coração e constrói a civilização do amor.




Dá-me olhos novos, Senhor,
em cada dia,
para que saiba ver
sempre novas
as pessoas que habitualmente
em cada dia
colocas ao meu lado.
Que eu Te possa reconhecer
Em cada irmão e irmã.
Que neles,
mesmo quando te escondes,
mesmo quando nada espero de bom,
eu saiba ver o teu rosto.